Está formalmente constituída a Comunidade para a Economia Cívica de Vila Real, através de protocolo de constituição assinado dia 13 de abril, em cerimónia pública ocorrida nos Paços do Concelho.
As comunidades locais são o motor do novo modelo de desenvolvimento económico e social e juntam já mais de 180 entidades públicas, privadas e de economia social, para além de cidadãos em nome individual, mobilizando mais de mil pessoas em todo o país.
A Associação para a Economia Cívica de Portugal-AECP e o Município de Vila Real uniram esforços para promover uma colaboração criativa entre as diferentes forças, capaz de gerar impactos sociais positivos e mensuráveis na comunidade local. A plataforma Iniciativa para a Economia Cívica-IEC, é candidata à gestão do “Portugal Inovação Social”, o primeiro instrumento financeiro criado na EU que usa o Fundo Social Europeu para investimento social que irá disponibilizar 150 milhões de euros.
A AECP tem um objetivo claro: procurar, a nível local, respostas mais eficazes, duradouras e sustentáveis para problemas complexos como, por exemplo, a desertificação do interior, o abandono escolar, a poluição, a reinserção social, ou a obesidade.
O DESAFIO/EXEMPLO
A obesidade é um problema social para o qual os poderes públicos têm tentado encontrar soluções políticas a nível nacional. Será que a tentativa de encontrar soluções para o problema implica apenas a responsabilidade dos poderes públicos nacionais e locais? E se numa determinada comunidade o combate à obesidade infantil associasse não apenas o Município, os Serviços Sociais e de Saúde ou outros serviços de Estado, recorrendo às fórmulas tradicionais já testadas, mas envolvesse, de forma inovadora, a iniciativa privada ou a cidadania com todo o seu potencial e conhecimento, experiência, criatividade e recursos? Será que, por exemplo, os pais, os comerciantes, as empresas, qualquer tipo de pessoa, isto é, a cidadania em geral poderá acrescentar valor no combate a este flagelo social?
CAPACITAR A CIDADANIA PARA A ECONOMIA CÍVICA
Capacitar a cidadania como força mobilizadora na resolução dos problemas locais é o principal objetivo da recém-criada AECP, uma organização que nasce como a entidade operacional da plataforma denominada Iniciativa para a Economia Cívica-IEC. A IEC é um projeto lançado em Novembro de 2014, baseado num novo modelo de desenvolvimento económico e de inovação social de base local e de interesse geral, que procura ativar o exercício da cidadania e a transformação social do país.
A AECP tem como membros fundadores e parceiros 10 Câmaras Municipais (Bragança, Vila Real, Gondomar, Gouveia, Lousã, Fundão, Penela, Vila Velha de Rodão, Idanha a Nova e Campo Maior) e três outras instituições, a Santa Casa da Misericórdia de Campo Maior, em Miranda do Corvo, a Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional (ADFP) e o escritório de advogados Vieira de Almeida & Associados.
Qualquer pessoa singular ou coletiva que partilhe a Carta de Valores, Princípios e Regras da Iniciativa para a Economia Cívica pode participar na Associação, na condição de sócio estratégico, sócio benemérito e sócio efetivo.
Comunidades Locais arrancam até ao final de Abril
A Associação está baseada num modelo organizacional onde as Comunidades para a Economia Cívica, de base local, estão a desenvolver plataformas alargadas e plurais para uma governança de base comunitária.
Concretizando, a nova Associação, através das referidas Comunidades Locais, será responsável por criar as parcerias e as infraestruturas institucionais, bem como as redes, os mecanismos e instrumentos financeiros que vão permitir desenvolver em Portugal uma economia orientada para a resolução de problemas, necessidades e desafios ‘societais’.
As 10 Comunidades Locais - que deverão estar formalmente constituídas e a trabalhar no terreno até ao fim de Abril, na maioria dos casos tendo as referidas Câmaras como parceiros líderes – já juntam mais de 180 entidades públicas, privadas e de economia social, para além de cidadãos em nome individual, mobilizando à volta da mesa mais de mil pessoas em torno da procura de soluções relativas ao bem comum, tomadas ao nível micro, isto é, mais próximas da realidade específica de cada Comunidade.
As Comunidades Locais serão, assim, o elemento vital neste movimento cívico, procurando fomentar a participação e a colaboração de todas as entidades na análise dos problemas e na configuração das respostas, para resolver os desafios que se levantam a essas mesmas comunidades.
Entidades que constituem a Comunidade para a Economia Cívica de Vila Real:
→ Município de Vila Real
→ Associação para a Economia Cívica Portugal;
→ ACROLAT’in - ACR da Orquestra Ligeira, A Transduriense
→ APAV-Delegação Distrital de Vila Real
→ Banda de Música de Sanguinhedo
→ União das Freguesias de Vila Real
→ Cruz Vermelha Portuguesa-Delegação Distrital de Vila Real
→ Douro Generation – Associação de Desenvolvimento
→ EAPN Portugal – Núcleo Distrital de Vila Real
→ Ergovisão, S.A.
→ NERVIR – Associação Empresarial
→ Escola Profissional da NERVIR
→ Positive Life Sensations
→ Pura Dignidade – Nós Cuidamos, Lda.
→ Régia Douro Park
→ Serviços Prisionais de Vila Real
→ Solução Mais, Consultores Lda.
→ TCare Conhecimento e Saúde, S.A.
→ TrazCabaz, Lda.
→ Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro
→ 4ALL Software, Lda.
ESTÁ CONSTITUÍDA A COMUNIDADE PARA A ECONOMIA CÍVICA DE VILA REAL | REUNIDAS ENTIDADES PÚBLICAS, PRIVADAS E CIDADANIA
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