Após a autorização final por parte da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), está finalmente concluído o processo de reparação da pista do Aeródromo Municipal de Vila Real. A partir deste momento estão criadas as condições para que a ligação aérea entre Bragança – Vila Real – Viseu – Cascais – Faro seja retomada com normalidade. Está já a decorrer o processo de articulação com a empresa concessionária Sevenair, para que esse objetivo seja alcançado o mais rapidamente possível.
Recorde-se que em julho de 2019 foi detetado um abatimento do piso da pista e que, por motivos de segurança, a utilização da mesma por aeronaves de asa fixa ficou impedida. Desde logo o Município procurou averiguar as causas desta situação, tendo sido verificado que lençóis de água subterrâneos haviam arrastado parte do solo que sustentava a pista.
Após testes complexos especializados constatou-se que o problema era muito vasto, obrigando à intervenção na quase totalidade da pista, tornando-a efetivamente numa nova pista. Este processo acabou por se arrastar por mais tempo do que o previsto, num calvário que envolveu um concurso público para a obra deserto, vários pareceres das entidades de aviação civil, necessidade do Município assegurar a totalidade do financiamento, para além dos inúmeros inconvenientes causados pela pandemia de COVID-19.
Enquanto decorria este processo, foi possível assegurar o início das obras do Comando de Proteção Civil e de construção de uma nova Aerogare, que decorrem a bom ritmo, num investimento de mais de 2,5 milhões de euros que transformará esta infraestrutura aeroportuária numa estrutura referencial no concelho e na região, tornando-a uma das portas de entrada na Região do Douro.
Ao longo dos próximos anos a Câmara Municipal de Vila Real, ciente da importância desta estrutura na região, e após muitos e muitos anos de abandono por parte de anteriores executivos municipais, irá desenvolver estudos e procurar financiamentos para um possível aumento da extensão da pista, procurando que esta infraestrutura permita acolher, no futuro, outra tipologia de aeronaves de maior dimensão.