Foi assinado, no dia 24 de julho, o contrato de financiamento do projeto “Para cá do Marão embalagens não!”, entre a Secretaria-Geral do Ambiente, na qualidade de representante do Estado Português e de Operador do Programa do ‘Programa Ambiente, Alterações Climáticas e Economia de Baixo Carbono’, no âmbito do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu (MFEEE) 2014-2021, e o Município de Vila Real.
Este projeto pretende promover a Economia Circular no setor das embalagens de bebidas de plásticos e latas assente na política dos 5 R´s - repensar, reduzir, reutilizar, reciclar e recusar. Nele estão contempladas cinco ações. A primeira sobre a Reciclagem contempla a instalação de máquinas de reverse vending nas principais lojas retalhistas do Concelho de Vila Real, para a recolha das embalagens de bebidas em plástico e latas não reutilizáveis, de forma a garantir o seu encaminhamento para a reciclagem. Está ainda contemplada a implementação de estruturas para a recolha de chicletes e de pontas de cigarro cujo destino final é a reciclagem e com este material produzir novos materiais, como por exemplo e-tijolos.
A segunda ação debruça-se sobre a Redução e dedica-se à diminuição na produção de resíduos de embalagens de plástico e latas. Prevê-se a instalação de bebedouros nos edifícios e equipamentos municipais e nos agrupamentos de escola, de forma a disponibilizar a água da rede pública e diminuir assim drasticamente a produção de resíduos de garrafas. Contempla ainda o fornecimento de bebedouros para os EcoEventos que o Município promove. A cada bebedouro será associado um sistema de medição (Smart meter) para contabilizar a quantidade de água fornecida por cada equipamento, servindo como indicador real e mensurável da redução dos resíduos de embalagens.
Na terceira ação, subordinada à Reutilização, pretende-se instalar um parque infantil construído totalmente com material reciclado de forma a promover a economia circular associada às embalagens e latas de bebidas.
Na quarta ação a população é chamada a Repensar os seus hábitos do dia-a-dia e a refletir sobre a sua contribuição para a pegada ecológica do planeta. Serão dinamizadas ações de envolvimento da sociedade civil na recolha dos resíduos depositados ao longo do troço urbano do rio Corgo e posteriormente uma exposição desenvolvida por um artista plástico de renome nacional nesta temática.
A quinta ação será de sensibilização dos Vila-realenses para Recusar a produção de resíduos. Nesta fase do projeto as escolas serão convidadas a desenvolver o tema, através da realização de trabalhos, debates e/ou concursos de ideias, sendo os resultados divulgados no final do ano letivo. Todo o projeto será acompanhado de ações de animação e de dinamização a desenvolver ao longo de 18 meses.
O promotor do projeto é o Município de Vila Real e as entidades parceiras são: a RESINORTE, responsável pelo tratamento e valorização dos Resíduos Sólidos Urbanos produzidos nos 35 municípios da região Norte do País; a Associação Douro Histórico, entidade privada, sem fins lucrativos, dedicada à promoção do desenvolvimento das populações abrangidas pela respetiva área social; o Laboratório de Paisagem cujos sócios constituintes são a Câmara Municipal de Guimarães, as Universidades do Minho e de Trás-os-Montes e Alto Douro, apostando na investigação e desenvolvimento como motor para definição de novas políticas ambientais e, ainda os supermercados com maiores dimensões no concelho: Auchan, Continente, Intermarché e Pingo Doce.
O custo total do projeto é de 751.103,94€ com um investimento por parte do Município de Vila Real na ordem dos 184.782,24€. O restante valor advêm do Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu - EEA Grants e da Secretaria-Geral do Ambiente.