O festival de dança contemporânea de Trás-os-Montes entra com sucesso na terceira semana.
Depois das ovações que o público numeroso e entusiasta dedicou a Victor Hugo Pontes, Olga Roriz e Paulo Ribeiro, o festival Algures a Nordeste entra na sua terceira semana explorando outras tendências da dança contemporânea portuguesa.
Já na quarta-feira, a Vortice Dance Company apresenta um espectáculo com uma forte componente tecnológica multimédia (vídeo interactivo e mapeamento de cenário).
Na semana seguinte, o Quorum Ballet traz um espectáculo com uma linguagem que dialoga com a dança clássica e inclui música ao vivo, com a fadista Joana Melo, os guitarristas Luís Coelho e André Santos e a contrabaixista Sofia Naíde.
No último sábado do mês, a Companhia de Dança de Almada actua para famílias, num espectáculo bonito e impressivo, sobre o tema do medo, capaz de seduzir tanto os adultos como as crianças.
Todos os espectáculos são de entrada gratuita.
O Algures a Nordeste – Festival de Dança Contemporânea é uma organização dos Teatros Municipais de Vila Real e Bragança, no âmbito de um projecto com o apoio do Norte 2020.
O projecto Algures a Nordeste, cujo título evoca a obra homónima de A. M. Pires Cabral, procura reforçar a notoriedade do território geográfico e cultural do nordeste português com a realização de um festival de dança contemporânea que inclui algumas das melhores companhias nacionais.
Além disso, procura a divulgação de aspectos particulares do património cultural transmontano-duriense através da produção de espectáculos originais que de alguma forma evoquem património ou imaginário ligados à região.
Será o caso de ‘Clarão’, a estrear em Novembro, que parte do Santuário (ou Serapeum) de Panóias para desenvolver uma reflexão sobre a ideia de ritual e comunhão com a terra. Uma performance de teatro físico/dança com direcção artística de André Braga e Cláudia Figueiredo, da Circolando, e a participação de algumas dezenas de pessoas da comunidade local.