Edifício

EDIFÍCIO DO MUSEU

edificio

 

desenho museu

O MUVV nasceu como Centro de Interpretação das campanhas arqueológicas que a Polis promoveu na Vila Velha… e para outras que a curiosidade agora destapada fará insaciável.

O acesso público faz-se por escada exterior e elevador para o nível 2, desde pátio nascente em intimidade com as pedras remanescentes da muralha.

A organização espacial permite percursos alternativos de e para a recepção, atravessando em sequências diversas as três salas de exposição, o auditório e a biblioteca-multimédia.

A zona laboratório, com entrada autónoma para cargas e descargas será visitável no âmbito das actividades educativas.

O edifício é um volume pétreo e silencioso, aspirando a uma neutralidade arquitectónica que não colida com o processo de reconstituição histórica da textura urbana local. É um muro-perímetro, apenas perfurado de modo contundente sobre o cemitério romântico… sobre a topografia dramática dos rios Corgo e Tourinhas.

Esta opacidade que elogia a raridade dos achados, é dobrada no interior pelo percurso sem fim de salas encostadas.

O museu demora-nos na ponte-mirante ou na rampa-escavada, expõe-nos de modo arcaico na escadaria-sem tecto. Este tempo-físico inicia-nos assim aos segredos antigos que se (re)constroem no laboratório arqueológico… salas secretas transparentes que começam a pedagogia do museu.

António Belém Lima
Arquitecto

 

O Museu da Vila Velha, da autoria de António Belém Lima, foi o vencedor da segunda edição do "Prémio de Arquitectura do Douro" (2008), promovido pela Estrutura de Missão do Douro e pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte.

Na base da decisão do júri de atribuição do prémio ao Museu da Vila Velha esteve, segundo o júri, "o reconhecimento de uma boa prática de inserção arquitectónica na paisagem urbana do Douro e, em particular, de valorização do centro histórico de Vila Real, na sequência das campanhas arqueológicas anteriormente desenvolvidas na Vila Velha. O edifício distinguido não colide com o processo de reconstituição histórica da vila, configurando, segundo o autor, 'um volume pétreo e silencioso' que aspira 'a uma neutralidade arquitectónica'".

O Prémio de Arquitectura no Douro surgiu em 2006, no contexto das Comemorações dos 250 Anos da Região Demarcada do Douro. Na primeira edição, o Conservatório Regional de Música de Vila Real, também da autoria de António Belém Lima, obteve uma menção honrosa.