Teve lugar no dia 7 de Julho de 2018 a 1.ª jornada do Ciclo ‘Os Lugares de João de Araújo Correia’, iniciado este ano pelo Grémio Literário Vila-Realense. Com pretexto num apontamento do Escritor sobre os Pauliteiros de Miranda, em Sem Método, a jornada consistiu numa visita àquela cidade raiana.
Como não podia deixar de ser, foi prestada atenção ao Mirandês, tendo o Dr. Alfredo Cameirão proferido, na Associação de Língua e Cultura Mirandesa, uma breve palestra sobre a história e as vicissitudes daquela que foi reconhecida pela Assembleia da República, em 1999, como língua oficial. No mesmo local e em seguida, A. M. Pires Cabral vez uma breve evocação daquele que foi um dos maiores paladinos do reconhecimento do Mirandês: Amadeu Ferreira, falecido em 2015.
Do programa da visita constaram ainda uma visita ao Museu da Terra de Miranda, concebido pelo Padre António Maria Mourinho (outro paladino do Mirandês), onde Elísio Amaral Neves historiou os momentos que o Grémio Literário e, antes dele, os Serviços Municipais de Cultura dedicaram a João de Araújo Correia e leu o texto-pretexto da visita, e, da parte de tarde, à magnífica Sé de Miranda.
A próxima jornada do Ciclo terá lugar em 28 de Setembro, nas Caldas do Moledo.
O número 68 da Revista Tellus, da responsabilidade do Grémio Literário Vila-Realense, foi apresentado no passado dia 21 de Junho, às 21h30, no Auditório da Biblioteca Municipal Dr. Júlio Teixeira. Reúne colaboração de A. M. Pires Cabral, Ângelo Sequeira, António Adérito Alves Conde, Isabel Alves, Jorge Lage e Sebastião Bravo. Alguns dos assuntos tratados: os escritores António Cabral, Eduardo Guerra Carneiro e Nuno Nozelos, e a gripe pneumónica em Vila Real.
Na mesma ocasião, e como vem sendo tradicional, foi igualmente apresentada a reedição de uma colecção de postais antigos de Vila Real. Trata-se de um conjunto de 8 postais, editados originalmente pela Phototypia A. Pinheiro, de Guiães, que incluem alguns aspectos menos conhecidos da nossa cidade nos princípios do séc. XX..
A CONCELLARÍA DE CULTURA DO EXCMO. CONCELLO DE OURENSE convoca o
XXXIV PREMIO DE POESÍA “CIDADE DE OURENSE” de acordo coas seguintes BASES
1.º- Poderán participar todas as persoas que o desexen calquera que sexa a súa nacionalidade, sempre que as súas obras se presenten en galego ou portugués.
2.º- Non poderán presentarse os/as gañadores/as das cinco edicións anteriores a esta convocatoria.
3.º- Os traballos que se presenten terán que ser orixinais e inéditos, cun mínimo de SEISCENTOS VERSOS. Presentaranse mecanografados en follas tamaño A-4, en exemplar sextuplicado, debidamente grampados, cosidos ou encadernados.
4.º- Outorgarase un único premio dotado de SEIS MIL EUROS, e a publicación do libro.
O importe do premio concederase con cargo á aplicación orzamentaria 200 3340 48951 do orzamento do Concello de Ourense prorrogado para o exercicio 2018.
5.º- As obras deberán presentarse baixo lema, indicando “PARA O XXXIV PREMIO DE POESÍA CIDADE DE OURENSE” nun sobre pechado. No interior, e noutro sobre pechado e co mesmo lema, figurará unha fotocopia do documento de identidade do autor (DNI, pasaporte, tarxeta de residencia), enderezo, o seu teléfono e o enderezo electrónico.
Unha persoa pode presentar máis dunha obra ao certame, sempre e cando cada unha se presente de forma independente e cumprindo todos os requisitos.
6.º- O Xurado cualificador será nomeado pola Concellaría de Cultura, estará integrado por personalidades das letras galegas e portuguesas, a persoa gañadora do ano anterior e un representante da Corporación que exercerá a presidencia. A súa decisión será inapelable e terá lugar no mes de xuño.
7.º- O Excmo. Concello de Ourense, considera a contía do premio en concepto de adianto polos dereitos de autoría e resérvase o dereito de publicación da primeira edición en papel da obra gañadora.
A persoa beneficiaria do premio recibirá gratuitamente 25 exemplares da obra publicada e ademais formará parte do xurado na seguinte edición.
O/A autor/a queda en liberdade para a contratación de eventuais reedicións transcorridos dous anos desde a primeira edición ou unha vez esgotada esta.
8.º- O prazo improrrogable de presentación rematará ás 14 horas do 20 de abril de 2018. A entrega farase no Rexistro do Excmo. Concello de Ourense (Praza Maior, s/n), directamente ou por correo certificado, facendo constar no sobre “PARA O XXXIV CONCURSO DE POESÍA CIDADE DE OURENSE”. As persoas que concorran de Portugal poderán facer entrega dos seus traballos na Cámara Municipal de Vila Real (Portugal) dentro dos mesmos prazos.
9.º- O premio poderá ser declarado deserto se, a xuízo do Xurado, os traballos presentados non reúnen suficientes méritos ou non se axustan ás condicións establecidas na convocatoria.
10.º- Os traballos non premiados deberán ser retirados no prazo dun mes desde o día do veredicto. En caso de non se recolleren dentro deste prazo, os orixinais serán destruídos.
11.º- En caso de ser premiado, o autor comprométese a declarar baixo a súa responsabilidade o carácter inédito e non premiado da súa obra, o seu total sometemento ás bases do concurso, así como a pórse a disposición do Concello para a posterior promoción e difusión do premio e da obra editada.
12.º- O feito de participar neste Concurso implica a total aceptación e conformidade das presentes Bases. Todas as incidencias non previstas nestas Bases serán resoltas pola Concellería de Cultura ou polo Xurado cando este quede constituído.
Para calquera dúbida, discrepancia, reclamación ou cuestión que poida suscitarse sobre a interpretación e execución das presentes bases, as partes renuncian ao foro propio que puidese corresponderlles e sométense expresamente á xurisdición dos Xulgados e Tribunais de Ourense.
13.º- A persoa gañadora autoriza o tratamento de datos persoais e a súa inclusión nun ficheiro xestionado polo Concello de Ourense coa finalidade de estatística. A persoa interesada poderá exercitar en todo momento os dereitos de acceso, rectificación, cancelación e oposición recoñecidos na Lei Orgánica 15/1999 mediante correo electrónico a
Ourense, xaneiro 2018
No dia 7 de Abril de 2018, véspera do centenário da Batalha de La Lys, em que esteve presente o Regimento de Infantaria 13, de Vila Real, o Grémio Literário Vila-Realense evocou esse episódio da I Grande Guerra, com uma visita a dois locais da região ligados à memória de escritores que participaram na conflagração ou deixaram algum tipo de testemunho sobre a mesma.
Foi visitada em primeiro lugar a casa Aires Torres, em Parada do Pinhão, onde o Dr. João Luís Sequeira Rodrigues, com grande conhecimento de causa, falou da complexa figura desse poeta, actor e soldado, de que se guardam ali alguns interessantes testemunhos. Um pouco mais tarde, já no Espaço Miguel Torga, em São Martinho de Anta, passou um filme alusivo à vida e obra de Aires Torres.
Da parte de tarde, foi a vez de os participantes visitarem a casa das Quintãs, em Mesão Frio, onde permanece viva a memória de Domingos Monteiro e de seu cunhado João Pina de Morais, dois escritores de relevo nacional, também aí lembrados pelo Dr. Sequeira Rodrigues.
No regresso a Vila Real, houve ainda uma passagem pelo Grémio Literário, onde se encontrava patente uma exposição evocativa da Batalha de La Lys, que Elísio Amaral Neves contextualizou.
Durante a jornada foram distribuídas as publicações Ao parapeito, diário de guerra de Pina de Morais, em edição fac-similada, e Nove de Abril – Ilustrações de Aureliano Barrigas, com uma introdução de Elísio Amaral Neves. Foi ainda distribuído um trecho do romance O caminho para lá, de Domingos Monteiro, alusivo à partida do RI 13 para a guerra.
No dia 22 de Fevereiro, pelas 21h30, no Auditório da Biblioteca Municipal de Vila Real, foi apresentado o Caderno Cultural n.º 19, da IV Série. Trata-se de um trabalho de Luís Miguel de Menezes, intitulado O morgadio e o vínculo da Capela de S.to António de Arroios, em Vila Real. A apresentação foi feita pelo próprio Autor, familiar dos últimos proprietários da bonita capela, antes de esta passar para a posse da Junta de Freguesia de Arroios, por doação.
De salientar que até hoje foram publicados 38 Cadernos Culturais, distribuídos por 4 séries e abrangendo temas como a historia, a literatura, a etnografia, etc.
Mas o programa editorial do Município de Vila Real não se esgota na edição dos Cadernos Culturais. Há duas outras linhas editoriais regulares, a Revista Tellus, de que já foram publicados 67 números, e a Colecção Tellus, que vai no seu número 37. A estas três linhas editoriais haverá que acrescentar dezenas de publicações avulsas. Soma assim bastante mais de centena e meia de publicações a actividade editorial do Município, confiada ao Grémio Literário Vila-Realense.