Após prolongada doença, faleceu no passado dia 13 de Agosto o Dr. Manuel Vaz de Carvalho, decano dos poetas vila-realenses.
Vila Real recordará sempre esta figura afável, senhor de um espírito superior e de uma verve incomparável, advogado ilustre e poeta.
Natural de Cerva, Ribeira de Pena, conservou até ao fim o amor pelas serranias natais, a que aliás dedicou um dos seus livros: Visão Alvânica. Tendo-se estreado em 1941, com um pequeno opúsculo intitulado Poentes, só muito mais tarde, no ano 2000, voltaria a publicar em livro: Poemas do solstício (1.ª ed., na Colecção Tellus, dos Serviços de Cultura da Câmara Municipal de Vila Real, em 2000), que viria a conhecer três edições. Seguiram-se Visão Alvânica (2006) e Poemas do Afélio (2010), ambos nas Edições Colibri.
A poesia fortemente eufónica e de pendor reflexivo, plena de humanidade e emoção, de Manuel Vaz de Carvalho dará sempre testemunho do homem bom e grande poeta que ele foi.