Chegou-nos a notícia do falecimento, em 23 de Fevereiro de 2012, de João de Sá.
Com o seu desaparecimento, as letras trasmontanas perdem um dos seus nomes cimeiros, embora, devido à sua enorme modéstia pessoal, também dos menos conhecidos.
Poeta, contista e cronista, João de Sá era possuidor de uma escrita límpida, reflexiva, que volitava, como uma borboleta atraída pela luz, em torno da sua Vila Flor natal, fonte de inspiração tão absorvente que é dela que fala nos nove livros que nos deixou. Mas a qualidade dessa escrita, com a sua notável profundidade de análise e intensidade de sentimento, distingue-a bem da vulgar literatura encomiástica e bem intencionada.
Eis os títulos principais da sua bibliografia: Flores para Vila Flor (1996); Um caminho entre as oliveiras (1997); Mãe-d’Água. Ficções e memórias (2003); Assalto a uma cidade feliz (2006); Vila à flor dos montes (2008); Vozes além da fala (2008); E de repente é noite (2009); Pelo sinal da terra (2010); e Cantos da montanha (2010).
FALECEU JOÃO DE SÁ
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